terça-feira, 10 de agosto de 2010

Poluição Urbana - Relatório I

A questão sobre a poluição do espaço e meio em que vivemos tem gerado polêmicas significativas somente nos últimos tempos, mais precisamente, nas últimas décadas. A ocupação desordenada de áreas concentradas dos centros urbanos tem gerado discussões sobre a falta de planejamento urbano, questão presente em âmbito nacional, e suas conseqüências para os meio sociais e urbanos, englobando escalas públicas e privadas.
Diante dos processos de industrialização e crescimento urbano, tornou-se crescente a busca por modelos que compatibilizem o desenvolvimento econômico com uma efetiva manutenção da produtividade dos recursos naturais, como também da qualidade ambiental e social. Questões, antes ignoradas, como a valorização das culturas e preservação da identidade local de uma população, vêm sendo colocadas em pauta para discussão pública como necessidade geral de uma população.
Nos últimos tempos, a conservação da natureza passou a ser compreendida como sendo o resultado do uso racional do meio ambiente, de modo a permitir uma produção contínua dos recursos naturais renováveis e a otimização do uso dos recursos não-renováveis, a fim de garantir uma melhor qualidade de vida para as gerações presentes e futuras. Sob este enfoque, a dimensão ambiental tornou-se uma variável essencial aos programas de desenvolvimento.
Em volta dessa discussão a cerca da preservação da natureza, temos ligada intrinsecamente a questão dos resíduos produzidos pela vida cotidiana atual. A questão do consumismo desenfreado e suas raízes sociais têm mobilizado diversos estudos, envolvendo áreas distintas, promovendo a integração e transposição de barreiras antes identificáveis. Questões, como por exemplo, de saúde, já não são somente estruturadas para esta área, tendo conseqüências e motivações financeiras. Este exemplo mostra a transposição destas divisões, identificadas no estruturalismo da sociedade moderna, assim como acontece com outros assuntos e discussões.
O livro “As três ecologias”, de Guatarri, contextualiza e explicita essa questão do comportamento e ações humanas que interferem diretamente na dinâmica social de um espaço, envolvendo questões não somente sociais, mas também ambientais. Fazendo um paralelo com a discussão abordada pelo autor, a sociedade contemporânea tem transpassado as barreiras, antes determinadas e fixadas (consideradas estáticas), alternando entre pensamentos e ações contraditórias, causando um certo “desconforto”, pois a diversidade ainda não é bem aceita nos parâmetros atuais. Os conflitos estão deixando de ter, pouco a pouco, a conotação negativa que foi cultivada por muito tempo, dando espaço para uma aceitação da diversidade de pensamentos e ações humanas.
A ocupação sem um planejamento prévio, como aconteceu na grande São Paulo, traz consigo uma serie de conseqüências que atingem e afetam diretamente aqueles que compõem a base da sociedade. Tais locais que são ocupados inadequadamente apresentam questões sociais urgentes, que quase sempre ficam às margens das discussões políticas, são ignoradas, gerando uma serie de problemas em escala exponencial. Estudos mostram, que somente na Grande São Paulo, mais de 17 mil pessoas vivem sobre o lixo, em condições, muitas vezes de subsistência, sem nenhuma assistência significativa, que talvez possa alterar minimamente essa situação. As condições de insalubridade e riscos vêm sendo aceitas pela população, que sem atitudes concretas, assistem de perto as dificuldades e tragédias ocasionadas, mas sem exigir atitudes concretas, e muito menos fazem alguma coisa. A questão da ética e moral podem ser citadas, mas na maioria das vezes não passam de meras discussões psicológicas individuais, sendo então esquecidas e deixadas à margem de temas que são considerados mais importantes.
Então, neste enfoque do projeto, estudaremos como a falta de planejamento e ocupação dos arredores de lixões na Grande São Paulo tem sido discutida e quais são suas possíveis raízes, visando tomar ações futuras para que, de fato, algo possa começar a ser feito.

Poluição do Paladar - Relatório I

A poluição do paladar pode ser relacionada com diversos temas, como por exemplo: a subjetividade está totalmente ligada com a poluição do paladar, pois a manifestação dessa poluição está ligada a diversas interações, como o ambiente socioeconômico, cultural e educativo da pessoa. A cultura de uma pessoa influencia diretamente na sua alimentação, aquilo que ela acredita ser bom para sua saúde.
A poluição do corpo através do paladar está ligada também ao conceito de identidade, pois cada indivíduo possui uma identidade que não é constante, ou seja, o que hoje você acredita que não irá lhe fazer mal, depois de um tempo, você pode mudar de idéia.
A modernidade foi algo que influenciou a indústria alimentícia, cada vez mais, mais produtos foram sendo industrializados, e diversos alimentos foram sendo criados, e isso influenciou diretamente na saúde da população como um todo.
Dizer que um alimento só é bom porque possui apenas um nutriente ou que ele só serve para um único objetivo nada mais é que estruturar o alimento, relacionando assim com o conceito de estruturalismo. Porém estamos em uma sociedade que podemos atribuir diferentes significados para tudo, inclusive para as alimentos, esse conceito assemelha-se ao conceito de pós estruturalismo, onde não existe um único significado ou uma única solução para tudo.
Enfim, as relações existentes entre o nosso tema e os temas discutidos em sala de aula são diversas. Vivemos em uma sociedade que possui diversas significações e é quase impossível não haver relações entre os diversos significados.

Poluição do Ar - Relatório I

Diante dos temas estudados em sala de aula, como por exemplo: cultura, subjetividade, identidade, modernismo, estruturalismo e pós estruturalismo, podemos fazer diversas ligações com o nosso tema, que até o presente momento, acreditávamos não ter ligação alguma.
A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano, este mundo interno é composto por emoções, sentimentos e pensamentos. A poluição do ar está relacionada com isso, pois a subjetividade interfere naquilo que cada homem considera certo e errado, o que pode ser certo para mim, pode não ser para outra pessoa. Outro conceito seria a cultura, nada mais é que a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período, A poluição do ar também está relacionada com a cultura e as crenças de um povo, pois assim como a subjetividade, o que é considerado poluição para um grupo, para outro pode não ser.
Identidade nada mais é que um sentido de pertencimento a grupos e de continuidade no tempo e no espaço, construído na vivência humana. Poluir está ligado a identidade de cada indivíduo, que conforme o tempo, vai mudando, ou seja, conforme o tempo vai passando, você vai tomando consciência de certas atitudes e crenças, e isso influencia na poluição.
Diante do conceito de modernismo na nossa sociedade, podemos dizer que o pensamento humano mudou bastante, em diversas áreas. O homem começou preocupar-se com o meio em que vivia e ao mesmo tempo em que isso acontecia, as diversas maneiras de poluir o ar também foram crescendo. Estruturalismo é uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou do modelo da lingüística e que apreende a realidade social como um conjunto formal de relações, ou seja, o estruturalismo tem como base criar uma estrutura, onde todos os problemas tem uma única solução, hoje em dia, estamos cansados de saber que para acabar com a poluição do ar, temos diversas soluções que estão sendo criadas e algumas já estão em andamento, essa idéia de que a poluição do ar possui diversas soluções está ligada ao conceito de pós estruturalismo, que acredita nas diferenças, exclusões e margens, acredita que um problema não possui apenas uma solução.

Poluição Visual - Relatório I

Fazendo uma análise profunda e imparcial da pichação e do grafite, é fácil perceber que essas duas práticas não podem ser, sem conhecimento do conjunto da obra, tachadas como poluitivas. No final das contas, são demonstrações artísticas, são maneiras que determinados grupos de jovens encontraram de se relacionar com o mundo exterior, de mostrar a todos no que acreditam (como pichações sobre ideais políticos, ou grafites que nos passam mensagens de esperança), que têm talento também (nesse caso, para a arte).
Ora, se o jovem está buscando “deixar sua marca”, está procurando explicitar seu mundo interior; através de ilustrações e “tags” (assinaturas estilizadas, que define cada pichador), os “artistas” (ponho artistas assim entre aspas, pois denominar pichadores e grafiteiros de artistas ainda é ato circulado por controvérsias) mostram ao mundo o que pensam, o que querem representar, os ideais que carregam, ou no que o ambiente em que vive os transformou.
Eles expõem sua subjetividade ao mundo através de sprays e atos de natureza duvidosa. Mas esses atos, que inspiram comentários e opiniões controversas, não podem ser denominados como vândalos ou poluentes, sem que haja base para tal. Grafiteiros e pichadores são vândalos quando invadem a propriedade alheia para fazer sua arte, e o mesmo para os grafiteiros. Os dois grupos de artistas poluem (visualmente) quando enfeiam o ambiente, tornam-no carregado e o degradam.
Essa é a cultura deles, e é assim que os artistas de rua querem que o mundo os veja: gostam de escalar grandes alturas, demonstrando que são corajosos, e talvez por isso consigam sobreviver à condição de pobreza em que muitos deles se encontram; possuidores de opinião e ideologia, daí as mensagens muitas vezes de protesto; e através de desenhos e ilustrações nos contam sobre seu ambiente onde vivem, ou onde gostariam de viver ou estar.
Qualquer pessoa possuidora de uma opinião estruturalista, rígida e tradicional, classificaria os pichadores e grafiteiros como “marginais, maloqueiros”, quando, em grande parte das vezes, o que esses jovens querem é nos passar uma mensagem ou nos mostrar sua cultura, sua realidade. O preconceito, às vezes, impede as pessoas de reconhecerem um pedido por atenção, ou ajuda.
Agora, vamos nos voltar à poluição sonora, praticada pelas igrejas/templos e bares e casas noturnas. Quanto à classificação como “poluição”, não há grandes controvérsias; quando o ruído incomoda, é acima de 50 decibéis, como fixado pela NBR 10.152 ou em horário impróprio em áreas residenciais (após às 22hs e até às 6hs), o ruído é considerado poluente.
Talvez a maior questão sobre esses tipos de poluição sonora é o porquê deles ocorrerem, como são vistos pela população em geral, e como os agentes poluidores (no caso os freqüentadores dos templos e das baladas) pensam em relação a isso. Na resposta a todas essas indagações, podemos conferir grande relação com o conceito de cultura, subjetividade, estruturalismo e pós-estruturalismo, e todos os outros conceitos discutidos em sala.
Subjetividade pode ser definida como o espaço de intersecção entre o “eu” e a sociedade, ou também como o modo de eu me relacionar com o “todo”, com o mundo aí fora.
As igrejas trabalham muito com a comunicação com o mundo exterior, principalmente as cristãs, através da pregação do evangelho, que é considerado o objetivo maior dessas instituições. Ao cantarem, pregarem e cultuarem a seu deus de forma muito alta e ruidosa, caracterizando uma forma de poluição sonora, nos deixam duas interpretações a serem utilizadas: ou acham que seu culto é mais importante que o conforto alheio, ou são extremamente ruidosos numa tentativa de fazerem os moradores vizinhos escutarem sua mensagem, e talvez serem convertidos por ela.
Em relação aos bares e casas noturnas, a impressão de falta de respeito fala mais alto. Quem está ali dentro, se divertindo, absorto naquele mundo de luzes e músicas remixadas, não se importa com quem está lá fora, se tem algum vizinho ali perto que precisa dormir pra no outro dia acordar cedo pra trabalhar. Quem está ali dançando valoriza sua subjetividade de tal modo que, pensa somente na sua diversão, não se importando se aquilo vai prejudicar alguém. É uma subjetividade egoísta, onde apenas o seu eu é valorizado (interpretação que pode ser usada também quanto ao caso da igreja, se pensarmos que o templo pensa seu culto ser mais importante que o conforto de todos nas proximidades).
Uma análise estruturalista do ruído produzido pelos dois tipos de estabelecimentos citados acima pode ser facilmente classificado como poluição, porém, a igreja levaria vantagem e seu caso seria tratado com menos rigor. Afinal, uma visão parcial e tradicional avaliaria que os objetivos da igreja são “melhores e mais nobres” que os das baladas, pois na igreja as pessoas vão lá para adorar a seu deus, enquanto na balada, muitos vão para praticar atos imorais, além do que, diversão nunca costumou ser vista de uma forma muito digna, e sim como perda de tempo e hábito de desocupados e despreocupados.
Pesquisar e conhecer mais sobre todos esses temas, nos mostra panoramas tão diversificados quanto às opiniões referentes a tais segmentos; o mundo está, sem dúvida, em intercâmbio integral de conceitos, identidades e “verdades”. Enquanto para uns, determinada prática implica em poluição, para outros é apenas um tipo de manifestação artística; enquanto para uns determinada instituição tem “licença” para poluir e incomodar os outros, para outros não há motivo mais nobre ou menos nobre para se fazer algo errado; o errado será sempre errado.
E por aqui ficamos, com apenas uma certeza: que ainda temos muitas dúvidas a serem sanadas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Componentes do Projeto

Tema

“Um futuro de excessos - as várias formas de poluição e seus efeitos sobre os 5 sentidos”

Em um mundo que sofre constantes e rápidas transformações e processos, fica difícil definir, estudar ou compreender certos fenômenos sociais. Porém, é possível observar que, no último século, a sociedade foi obrigada a acompanhar um ritmo bastante acelerado, assumindo comportamentos eficazes em relação ao desenvolvimento, mas questionáveis em relação à manutenção dos recursos utilizados, inclusive os humanos. O resultado disso é uma vida turbulenta, notável principalmente nas grandes metrópoles, tornando tais regiões grandes geradoras de produtos, serviços, entretenimento etc. com a promessa de render "qualidade de vida" à população. A questão é: até que ponto tais produtos da vida moderna trazem desenvolvimento? Mais que isso: quais os prejuízos que provocam? É possível reverter ou retardar o seu efeito negativo?


Justificativa


Pesquisar os impactos da poluição, dos mais diversos tipos e proporções, na nossa sociedade é uma questão altamente complexa. Esse foi um dos motivos pelo qual escolhemos esse tema, pois é de extrema importância que as pesquisas abordem de forma diferente problemas e conceitos determinados e fixados, uma vez que os problemas da sociedade sofrem mudanças de uma forma tão veloz quanto a própria sociedade. A complexidade de questões amplas como a poluição, nos permitiu realizar uma divisão (seguindo a lógica do estruturalismo), visando focar nos impactos gerados sobre os 5 sentidos humanos: Visão, Audição, Tato, Paladar e Olfato.
A divisão do tema tem como objetivo analisar os principais problemas que afetam diretamente cada indivíduo dentro da sociedade moderna em que estamos inseridos, uma vez que a real motivação deste estudo é observar como estes fenômenos ocorrem, sob quais condições, quais as suas raízes históricas (questões socio-culturais) e, sobretudo, suas conseqüências imediatas e aparentes. Não somente levantar essas informações, o estudo deverá tentar compreender a dinâmica da sociedade com relação à essas questões, buscando informações diretamente da fonte (os próprios afetados), para então tentar dinamizar possíveis medidas de intervenções com a realidade local estudada, uma vez que o local de estudo é uma variável de extrema importância (questões de identidade cultural e outras), tendo então a necessidade de nos adequarmos à aquela realidade local num momento específico da sociedade (no caso, ABC Paulista).
Essa subdivisão nos ajudará a realizar uma pesquisa mais direcionada, evitando assim, perder o foco e, consequentemente,obter resultados não-satisfatórios ou improdutivos (algo temidamente horrivel).
Todo o contexto econômico, psicológico, político e outros exercem diretamente uma grande influência sobre a sociedade, sendo então, necessário fazer um breve estudos para compreender a dinâmica citada acima.

Revisão da literatura

Um dos livros que nos ajudou muito foi o livro As três ecologias do Felix Guattari, onde ele apresenta a preocupação com os aspectos humanos que influenciam na deterioração da sociedade e do meio ambiente.
Esse livro abrange as questões que dizem respeito à autodestruição humana, ressaltando pontos como a necessidade de rever a estrutura das classes sociais, o estabelecimento e cumprimento de regras universais dos direitos humanos, o reconhecimento da interdependência entre os seres e da complexa teia de relações entre eles.
Assim, Guattari manifesta que para buscar a convivência em harmonia com a nossa fonte de recursos limitados (a natureza, o planeta, o universo), primeiramente, devemos canalizar a mente para uma busca de objetivos mais elevados, logo, podendo trabalhar na reconstrução das relações humanas, desde os níveis mais esquecidos até os mais comentados, como o próprio autor diz, “Não haverá verdadeira resposta à crise ecológica a não ser em escala planetária e com a condição de que se opere uma autêntica revolução política, social e cultural, reorientando os objetivos da produção de bens materiais e imateriais. Esta revolução deverá concernir, portanto, não só às relações de forças visíveis em grande escala, mas também aos domínios moleculares de sensibilidade, de inteligência e de desejo”.
Não somente este livro foi utilizado para fundamentar as pesquisas realizada ate o presente momento, pois há uma necessidade de fontes alternativas (porém, tão confiáveis quanto a citada acima), visando enriquecer o projeto com diferentes abordagens sobre a mesma questão (que é muito abrangente e, consequentemente, assuntos importantíssimos são rejeitados, ficando às margens das principais discussões). Documentários e pesquisas acadêmicas também serão utilizadas de forma consciente.
Algumas das referências utilizadas para a fundamentação da pesquisa foram mencionadas para a primeira apresentação do projeto, estando disponíveis no blog nas postagens correspondente ao mês de Junho de 2010. Para maiores informações, acessar tais postagens.



-Documentos:


O trabalho constituiu uma análise bibliográfica sobre os temas:

Visão -> Poluição Visual: é realmente preocupante? Qual a motivação e o efeito negativo da mesma? Quais políticas têm sido direcionadas a esse problema?
Audição -> Poluição Sonora: quais os limites da paz e da ordem são violados?
Olfato -> Poluição do Ar: Fumaças / Componentes químicos provenientes de outras formas de resíduo.
Tato -> Poluição do Espaço / Como as organizações (famílias, empresas, governo) têm preenchido o recurso Terra e quais as suas motivações.
Paladar -> Poluição do Corpo, tratando da alimentação, tomando por base a definição de que a mesma é elemento fundamental da saúde humana



Relação com conceitos e teorias expostas

Conceitos: cultura, subjetividade, identidade, modernismo, estruturalismo e pós estruturalismo, estrutura e dinâmica social..


Os conceitos serão relacionados com os temas nos relatórios finais, após serem apresentados em sala, visando ajudar o grupo a compreender melhor os assuntos abordados.


Metodologia

Pesquisas bibliográficas.
Entrevistas
Discussões.

Cronograma do Projeto

29/05/2010 - Reunião do grupo: brainstorming

01/06/2010 – Definição do Tema;

02/06/2010 – Postagem do tema do projeto com as respectivas divisões de trabalhos e linhas de pesquisas;

10/06/2010 – Reunião com os integrantes para apresentar as pesquisas semanais;

21/06/2010 – Reunião online;

28/06/2010 – 1ª apresentação: Tema, justificativa, bibliografia e análise do andamento do projeto;

13/07/2010 – Pesquisa na Biblioteca;

22/07/2010 – Reunião com os integrantes para apresentar os resultados obtidos;

30/07/2010 – Levantamento dos locais a serem visitados para as pesquisas de campo;

10/08/2010 – 2ª Apresentação: Resultados obtidos e possiveis e apresentação do projeto piloto;

19/08/2010 – Visita a Juventude Cidadã: Oficina de Grafitti, em São Bernardo do Campo; Captação de imagens para analisar o atual projeto;

23/08/2010 – Obtenção da autorização e preparação dos materiais a serem utilizados no projeto alimentação saudável, a ser realizado em 3 escolas na região central de São Bernardo do Campo;

30/08/2010 – Visita ao antigo lixão do Alvarenga;

06/09/2010 – Contato com a prefeitura para informações sobre os projetos de poluição sonora, poluição visual, poluição do espaço e outros;

16/09/2010 – Segundo contato com a prefeitura para verificar as medidas tomadas e o andamento de processos pendentes;

17/09/2010 – Visita ao antigo lixão do Alvarenga para fazer o documentário com os depoimentos de moradores e trabalhadores da região;

21/09/2010 – Reunião final para a discussão dos resultados obtidos;

23/09/2010 – Junção das informações obtidas através das pesquisas de campos e informações levantadas bibliográficamente;

26/09/2010 – Elaboração, estruturação e conclusão do relatório final;

04/10/2010 – Apresentação Final do Projeto;

domingo, 8 de agosto de 2010



Documentário sobre a poluição.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Na Grande São Paulo, 17 mil vivem sobre lixões

AE - Agência Estado

Pelo menos 17 mil pessoas moram hoje em casas construídas sobre lixões desativados na região metropolitana de São Paulo. Aproximadamente cinco mil delas vivem no Sítio Joaninha, um morro na divisa de São Bernardo do Campo com Diadema. Outras 5.600 ocupam a comunidade do Espírito Santo, em Santo André. Com condições para lá de precárias, os dois locais no ABC lembram outro morro que ficou conhecido na semana passada depois de deslizar sobre casas e matar dezenas de pessoas - o Bumba, em Niterói, Rio de Janeiro.

Na Favela do Espírito Santo, são 1.400 famílias morando há 14 anos em casas sobre um antigo lixão. O núcleo, numa área de 151,9 mil metros quadrados, foi dividido em dois segmentos pelo Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT). No primeiro, a permanência das famílias ainda é aceitável. No outro, com cerca de 620 famílias, as condições do solo não são seguras e há necessidade de remoção da população. Em 2003, a prefeitura da cidade recebeu dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a reurbanização na parte sã do núcleo. As obras ainda não foram concluídas.

Já em Mauá, também no ABC paulista, outras 6.800 pessoas não correm risco de ver seus imóveis desmoronar devido a deslizamentos de terra, mas enfrentam o perigo de viver sobre um antigo lixão industrial que emana gases explosivos. São os moradores do condomínio de classe média Barão de Mauá. Há dez anos, uma forte explosão provocada por gás matou um homem e feriu outro gravemente.

Defesa


As prefeituras de São Bernardo do Campo e de Diadema informam que a área do antigo lixão do Alvarenga é monitorada cotidianamente. Projeto para transformar o local em um parque e criar usina para geração de energia está pronto, à espera de verba e também da aprovação do estudo junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Alguns moradores deverão ser removidos de áreas de risco.

As duas administrações alegam que não há como comparar o Sítio Joaninha com o Morro do Bumba. Tássia de Menezes Regino, secretária de Habitação de São Bernardo, disse que havia dez anos não era feito mapeamento de áreas de risco no município. "Fizemos esse levantamento no ano passado. Identificamos as áreas problemáticas e já iniciamos a remoção de famílias. São 226 famílias cadastradas", afirmou. No Joaninha já foram retiradas, segundo ela, oito famílias. A prefeitura espera concluir até junho de 2011 imóveis para abrigar essas pessoas.

Márcio Vale, secretário de Habitação de Diadema, afirmou que a área do Alvarenga é monitorada há nove anos. "Desde que iniciamos esse acompanhamento não houve nenhuma ocorrência grave. Há apenas 17 famílias na borda do terreno do aterro."

O Joaninha aguarda liberação de R$ 42 milhões do governo federal para projetos de recuperação do terreno. A prefeitura de Santo André informou que a urbanização do núcleo Espírito Santo está em andamento. Deverão ser removidas 890 famílias a partir do segundo semestre. Outras 602 permanecerão no local. A verba para novas habitações e remediação da área virá do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de contrapartida da prefeitura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Justiça impede remoção de famílias do Jd.das Oliveiras

Os cerca de 12 mil moradores do Jardim das Oliveiras, em São Bernardo, não serão mais retirados de suas casas. Pelo menos até que fique pronto novo laudo sobre a contaminação do bairro, que se desenvolveu, durante a década de 1990, sobre um lixão desativado. A decisão foi tomada anteontem pelo TJ (Tribunal de Justiça).

A desembargadora Regina Zaquia Capistrano da Silva, da Câmara do Meio Ambiente do TJ, manteve a sentença do juiz Gersino Donizete do Prado, da 7ª Vara Cível de São Bernardo e negou recurso do Ministério Público. A promotora do Meio Ambiente Rosângela Staurenghi pedia que o TJ revisse a decisão do juiz Prado pois, no entendimento dela, há provas suficientes de que o solo está contaminado e de que os moradores devem ser retirados de lá.

O juiz discorda. "Sem um novo estudo de contaminação da área, não posso julgar se os moradores devem ou não sair", afirma Prado. "Essa nova perícia deve mostrar se existe contaminação na área, em que nível ela está e se ela é nociva aos moradores", completa.

Ao longo do processo, o juiz já havia determinado que o estudo do solo do Jardim das Oliveiras deverá ser pago pela Prefeitura de São Bernardo. "O prefeito até se comprometeu publicamente a fazer isso", diz Prado.

Duas empresas podem fazer a perícia, segundo o juiz. Uma delas, ligada a um grupo coreano, teria informado que possui tecnologia para descontaminar a área, dependendo do grau de poluentes que forem encontrados no local. "Precisamos fazer essa análise mais detalhada. Sem certeza de que o local coloca em risco a população, não dá para demolir as casas", opina o magistrado.

"O importante é que essa decisão preservou o caráter social. Tem morador que não estava dormindo com medo de ter a casa demolida", revela o juiz Prado. Procurado, o Ministério Público não deu novas declarações sobre o caso ontem.

Substâncias que causam câncer foram encontradas no bairro

Um relatório da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) apontou que exames de amostras colhidas no Jardim das Oliveiras, em São Bernardo, entre 2004 e 2007 detectaram a presença de substâncias cancerígenas, como benzeno, e de metais pesados, como chumbo, cromo, cádmio e mercúrio, na água.

Outro estudo, realizado pelo Cesco (Centro de Estudos de Saúde Coletiva) da Faculdade de Medicina do ABC, a pedido da Prefeitura de São Bernardo, não encontrou indícios de contaminação por benzeno entre as famílias do Jardim das Oliveiras. O documento foi entregue em fevereiro à Justiça.

Ainda não há prazo para a realização da nova perícia no solo do bairro. A ocupação no Jardim das Oliveiras começou nos anos 1990, depois que um aterro sanitário foi desativado. Hoje, a área é dividida em cinco loteamentos.

Tiago Dantas
Do Diário do Grande ABC

Lixo pode virar energia em São Bernardo

A Prefeitura de São Bernardo anunciou ontem a construção da URE (Usina de Recuperação de Energia), que vai ocupar a área do antigo Lixão do Alvarenga e gerar energia através do processamento de resíduos sólidos.

A usina será preparada para receber 1.000 tonelada de lixo por dia, por meio do SPAR (Sistema de Processamento e Reaproveitamento de Resíduos), o que vai resultar na geração de 30 megawatts de energia - o suficiente para suprir as necessidades de 150 mil residências ou de 300 mil pessoas.

Atualmente, São Bernardo possui 811 mil habitantes, que residem em 220.057 imóveis, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes a 2009. A média de produção de resíduos na cidade é de 700 toneladas por dia. Com o aproveitamento do lixo, será possível abastecer mais da metade dos domicílios.

De acordo com o secretario de Planejamento Urbano de São Bernardo, Alfredo Buzzo, as diretrizes para a criação do SPAR (veja quadro acima) foram definidas durante a 1ª Conferência Municipal de Saneamento Ambiental, realizada sábado. "No evento discutimos as metas para a reutilização dos resíduos e acabamos fechando o projeto", explicou o secretário.

Segundo Buzzo, a construção da usina deve ser iniciada no ano que vem e está orçada em R$ 220 milhões. Os recursos virão da iniciativa privada.

"O próximo passo é a abertura de um termo de referência, que estará no site da Prefeitura nos próximos dias, para que a população possa opinar e dar sugestões sobre a usina."

Depois, será elaborado o edital e a proposta será discutida em uma audiência pública. "Dentro de dois meses, pretendemos que as licitações para a construção já estejam abertas", ressaltou Buzzo.

ENERGIA - Hoje, a cidade recicla apenas 1% das 700 toneladas de resíduos sólidos produzidas diariamente. Com a usina, a meta é que esse aproveitamento seja de 10%. "Os outros 90% de lixo passarão por um processo de separação e tudo o que for orgânico vai ser transformado em energia." O restante do material, considerado inorgânico, será incinerado.

Buzzo destaca que o processo foi pensado sem que haja danos ao meio ambiente. "Toda energia gerada na usina por meio de incineração será limpa e poderá ser comercializada no mercado empresarial ou mesmo para reduzir os gastos municipais." Depois da construção, a expectativa é que a usina comece a operar em um ano.

Antigo Lixão do Alvarenga será despoluído


A usina ocupará cerca de 30 mil metros quadrados do antigo Lixão do Alvarenga, que fica na divisa entre São Bernardo e Diadema. O local foi usado indevidamente pelas prefeituras de 1971 a 2001 para depósito de lixo, entulho e resíduos industriais.

Antes da construção da usina, a administração precisa iniciar e concluir o processo de tratamento e descontaminação da área.

A despoluição do Lixão do Alvarenga custará em torno de R$ 20 milhões aos dois municípios, sendo cerca de R$ 17 milhões a São Bernardo, que detém 85% da área, e R$ 3 milhões a Diadema, que utilizou 15% do espaço. "Faremos a canalização para drenagem dos gazes e captação do chorume gerados pelo lixo depositados no lixão. O projeto está em fase de finalização e, até setembro, a remediação será iniciada", explica o secretário de Planejamento Urbano, Alfredo Buzzo.

"Vamos conseguir atingir a meta de despoluir a área até 2011."

O Lixão do Alvarenga foi fechado em julho de 2001 pela Prefeitura de São Bernardo. Ali, viviam cerca de 90 famílias de baixa renda, inclusive crianças, trabalhando sobre o lixo urbano, industrial e resíduos da construção civil na década de 1980. O projeto de descontaminação só começou a ser discutido em 2000, quando os municípios assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público. De lá para cá, pouca coisa mudou. "Agora, com a construção da usina, temos um motivo a mais para a breve regularização da área", salientou Buzzo.

Fernanda Borges
Do Diário do Grande ABC

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Notícia - Fim dos Lixões

O presidente Lula sancionou nesta segunda-feira o projeto de lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que traz regras para manejo de lixo e resíduos. A lei tramitou no Congresso Nacional por 21 anos. O objetivo da nova lei é acabar, a longo prazo, com os lixões e obrigar municípios e empresas a criarem programas de manejo e proteção ambiental.

"A lei trata não só de preservação ambiental, como de saúde pública", disse Lula.

A lei dos resíduos sólidos proíbe a existência de lixões e determina a criação de aterros para lixo sem possibilidade de reaproveitamento ou de decomposição (matéria orgânica). Nos aterros, que poderão ser formados até por consórcios de municípios, será proibido catar lixo, morar ou criar animais.

As prefeituras poderão ter recursos para a criação de aterros, desde que aprovem nas câmaras de vereadores uma lei municipal criando um sistema de reciclagem dos resíduos. Estados e municípios terão dois anos para apresentar um plano de manejo de resíduos sólidos e, só depois, receber recursos da União para obras nessa área.

Haverá obrigações para consumidores, comerciantes e fabricantes. Todos estarão sujeitos a penalidades da Lei de Crimes Ambientais caso não destinem corretamente os produtos após o consumo.

As fábricas, por exemplo, terão de recolher os "resíduos remanescentes" após o uso. Os fabricantes de produtos com maior degradação ambiental (agrotóxicos, pilhas, lâmpadas fluorescentes, baterias, pneus e eletroeletrônicos) ficam obrigados a implementar sistemas que permitam o recolhimento dos produtos após o uso pelos consumidores.

O texto cria a chamada "logística reversa" para coleta de produtos descartados pelos consumidores. Comerciantes e distribuidores serão os principais pontos de receptação dos produtos descartados, que depois devem ser enviados aos fabricantes ou importadores. Estes últimos darão o destino final ao lixo.

Mais cedo, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse acreditar que a legislação poderá mudar o padrão de consumo, diminuindo a produção de resíduos e formalizando o trabalho dos catadores que era voluntário.

RECICLAGEM

A professora e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB) Izabel Zaneti afirma que o trabalho de coleta e reciclagem é cada vez mais importante.

"Os resíduos estão crescendo em quantidade e complexidade", disse, lembrando dos resíduos de aparelhos eletrônicos, como as baterias dos telefones celulares e outros materiais que contém metais pesados de alto impacto ambiental.

A sanção da lei também é comemorada pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) que espera que os trabalhadores possam ser remunerados pela prestação de serviços às prefeituras pela coleta, separação e reciclagem do lixo.

O movimento espera que a lei aumente a renda dos recicladores. Atualmente a renda média de um catador é de cerca de um salário mínimo (R$ 510).

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Grupo, já que não tinha ninguém do grupo na aula de hoje, estou passando para dar um recado.

Como foi discutido na aula de hoje, nosso grupo ficou responsável pela parte do debate no filme, que será realizado na quarta feira. Assim que soubermos qual filme será passado, vamos pesquisar sobre o filme, as principais questões e colocá-las em debate na aula de quarta feira,
ok?

Beeeijos a todos.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Poluição sonora


Reportagem interessante sobre o caos sonoro da grande São Paulo, não fiquem com preguiça de ver!

Agora vamos à uma análise rápida do tema de poluição sonora:
"A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o início do estresse auditivo se dá sob exposições de 55 dB.
Nas principais ruas da cidade de São Paulo, os níveis de ruído atingem de 88 a 104 decibéis. Isto explica porque os motoristas profissionais são o principal alvo de surdez adquirida. Nas áreas residenciais, os níveis de ruído variam de 60 a 63 decibéis - acima dos 55 decibéis estabelecidos como limite pela Lei Municipal de Silêncio."
Dados preocupantes, principalmente quando vemos os malefícios que tal exposição inadequada pode nos causar:
Efeitos Psicológicos:

- Perda da Concentração
- Perda dos Reflexos
- Irritação permanente
- Insegurança quanto a eficiência dos atos
- Embaraço nas conversações
- Perda da Inteligibilidade das palavras e
- Impotência Sexual

Efeitos Fisiológicos:
- Perda auditiva até a surdez permanente
- Dores de cabeça
- Fadiga
- Loucura
- Distúrbios cardiovasculares
- Distúrbios hormonais
- Gastrite
- Disfunções digestivas
- Alergias
- Aumento da freqüência cardíaca e
- Contração dos vasos sangüíneos.



Hora de leis mais severas? Maior fiscalização? Ou de maior conscientização da população?
Saúde e pós estruturalismo.

Documento magnífico....*-*

http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S14138123008000900007&script=scia arttext


=]

Beijos

Empresas reduzem coleta seletiva e misturam o lixo em SP

A coleta seletiva de lixo foi reduzida na cidade de São Paulo porque as 17 cooperativas de catadores conveniadas com a prefeitura não têm conseguido processar todo o material recebido.

Desta forma, os produtos reciclados que são separados pelos moradores vão para aterros e acabam sendo misturados ao lixo comum.

Existem caminhões que recolhem somente lixo reciclável, mas que demoram horas para descarregar o material, que acaba sendo recolhido, posteriormente, pelos veículos comuns, misturado ao lixo não separado.

Em média, as empresas Loga e Ecourbis recolhem 120 toneladas de lixo reciclável por dia contra um total de 9 mil toneladas de lixo residencial comum.

Há algumas semanas, a prefeitura passou a proibir a entrada dos caminhões de lixo reciclável no aterro, mas a regra não é cumprida.

Loga e Ecourbis confirmam que têm despejado lixo que foi separado para reciclagem em aterros. A prefeitura admite que há falhas na coleta seletiva e diz que vai multar as empresas.



Fechamento de aterro sanitário leva preocupação a duas comunidades no Rio

A prometida desativação em 2011 do aterro sanitário de Gramacho, na região metropolitana do Rio, está deixando duas comunidades apreensivas, por motivos opostos. Enquanto os trabalhadores de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, temem pela perda maciça dos milhares de empregos gerados com a reciclagem do lixo, os moradores da bucólica Agrovila de Chaperó, em Seropédica, protestam contra a chegada do aterro que irá substituir Gramacho.

No lixão que atualmente existe à beira da baía de Guanabara, sobrevivem diretamente da coleta de materiais 3.000 pessoas, sendo que outras milhares trabalham no entorno, em empresas de processamento do que é reciclado ou no microcomércio que serve aos trabalhadores. Os dados são da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho (Acamjg), que reúne 100 associados, mas tem mais de 1.500 pessoas cadastradas.

A diretora financeira da associação, Glória Cristina dos Santos, disse que o futuro é incerto, mas confia no novo sistema de coleta seletiva anunciado pela prefeitura do Rio, que deverá separar o lixo da maior parte da cidade.

"A prefeitura ainda não possui um plano de ação e a própria associação não tem um plano que seja viável. Precisamos formular uma proposta que possa realmente ser implementada. O óbvio é fazer a coleta seletiva, mas isso depende de uma série de ações e de vontade política. O tempo para isso é pouco", disse Glória.

O secretário municipal de Meio Ambiente do Rio, vice-prefeito Carlos Alberto Muniz, tem reafirmado que o aterro de Gramacho já tem data para fechar e não passa do início de 2011. "Nós podemos afirmar que no ano que vem a prefeitura do Rio de Janeiro não estará depositando mais nenhum lixo no aterro de Gramacho e ele será desativado", afirmou Muniz.

Ele adiantou que um amplo projeto de coleta seletiva começará a ser implantado em quase toda cidade do Rio. "Um grande programa será posto em prática neste segundo semestre, para poder separar já na fonte e reciclar os resíduos. O lixo será matéria-prima e entrará na cadeia produtiva em articulação com as cooperativas", disse o vice-prefeito.

Atualmente, segundo ele, a coleta seletiva é implementada apenas em uma parcela da zona sul da cidade. O novo processo será distribuído em cinco galpões espalhados estrategicamente pelo município, que terão financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Espaço

O sistema é a esperança para catadores como Mário Luiz Ávila Martins. Viúvo, ele sustenta cinco filhos com o trabalho de reciclagem em Gramacho. "Muita gente que trabalha no lixão não está preparado para o novo modelo Não vai ter espaço para todo mundo. Só para quem está agora procurando se qualificar", disse o catador, que está fazendo um curso de agente ambiental, oferecido com apoio da Firjan (Federação das Indústria do Rio de Janeiro) e do BNDES. Além de aprenderem sobre o processo de reciclagem, os trabalhadores também recebem noções de informática.

Segundo Mário, entretanto, o processo que vai privilegiar a reciclagem, com o fim do aterro de Gramacho, estará centrado nas cooperativas, podendo deixar de lado centenas de outros catadores independentes, que não são associados a nenhum grupo.

É o caso das amigas Tânia Francisca de Andrade e Zélia Regina Costa Couto, que trabalham há mais de 20 anos na coleta de resíduos. Idosas, elas não têm certeza sobre o que vai acontecer daqui para frente. Sem qualquer proteção, de chinelos de dedos e sem luvas, elas separavam o lixo, em um terreno próximo à entrada do aterro.

"Eu trabalho lá dentro [no lixão]. Se acabar o que eu vou fazer?", perguntou Tânia, que desconhecia a existência de cursos de qualificação oferecidos aos catadores: "Estão oferecendo cursos? Não sei disso não".

"Se fechar Gramacho, eu pretendo comprar um negócio para vender uns pastéis, uns bolinhos na rua. Eu sei me virar. O problema são os outros, que já estão acostumados a trabalhar com a coleta e só conhecem o lixo. Mas eu acho que não vai fechar, não. Tem muitos anos que dizem isso", afirmou Zélia que sustenta o marido doente e duas filhas com o trabalho de separação do lixo e ainda mantém a esperança de poder continuar o trabalho de catadora no futuro.

sábado, 24 de julho de 2010

Poluição Luminosa nas Cidades


Um dos efeitos negativos do constante crescimento das cidades, relacionado com o desenvolvimento da civilização, da tecnologia e com a redistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos urbanos, é a poluição luminosa, definida por José Roberto Marques, como a "causada pelo excesso de luz artificial ou pelo seu uso inadequado (luz para cima, paralela ao solo ou para além da área útil), que excede ao uso racional e atinge áreas que ultrapassam o limite da necessidade (luz intrusa)".
Em consonância com o inciso II e suas alíneas, do art. 3º, da Lei n. 6.938/81, a poluição luminosa pode ser definida como a degradação da qualidade ambiental resultante da emissão de luz, criada por humanos, capaz de, direta ou indiretamente: (a) prejudicar a saúde, a segurança e o bem-estar da população; (b) criar condições adversas às atividades sociais e econômicas; (c) afetar desfavoravelmente a biota; (d) afetar as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; ou, simplesmente, que se dê pelo (e) lançamento de energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos pelos órgãos competentes.

A poluição luminosa está por toda a parte e não é difícil constatarmos que, na maioria das cidades, parecem ter esvaziado o céu de suas estrelas, deixando no lugar uma névoa pálida.
De fato, como destaca Eduardo Turiel do Nascimento, "no ambiente urbano, são várias as fontes de luz. Estas fontes podem ser a iluminação externa dos prédios residenciais ou comerciais, as placas luminosas comerciais e a iluminação pública de praças, monumentos e vias, entre outras".


A par das condições adversas para as atividades dos astrônomos e, porque não dizer, da privação auto-imposta pela sociedade ao livre exercício de um direito de ver as estrelas, o uso inadequado da luz também compromete a regularidade de nosso ritmo circadiano, influenciando negativamente no metabolismo humano, que, normalmente, aproveita a escuridão noturna para o repouso, alternando-o com o estado de vigília que se dá durante o dia. Vale lembrar, a propósito, do que ocorre quanto ao hormônio do crescimento ou GH - cuja liberação ocorre em picos durante a noite de sono -, sendo importante para o crescimento das crianças até o fechamento das cartilagens de crescimento dos ossos, assim como no aumento da síntese de proteínas, redução da deposição de gorduras, aumento das necessidades de insulina, retenção de sódio e eletrólitos, aumento de absorção intestinal e eliminação renal do cálcio.

Assim, ao invadir as casas, a poluição luminosa acaba por dificultar, em muitos casos, o necessário desfrute de uma boa noite de sono, causando fadiga visual e até mesmo alterações no sistema nervoso central.

Além disso, a coletividade ainda se vê prejudicada sob o aspecto econômico, já que a luz em excesso ou desperdiçada significa ainda prejuízo para o responsável pelo seu custeio: em última análise, o contribuinte, quando se trata de iluminação pública; ou, nos casos de poluição causada a partir de atividades sem o caráter público, o particular.

Obviamente, maior desperdício de energia também demanda maior geração, com conhecidos prejuízos para o meio ambiente, decorrentes da instalação e operação de usinas hidrelétricas, termoelétricas, nucleares, entre outras, inclusive com o aumento das emissões e concentrações de carbono na atmosfera.

Guilherme José Purvin de Figueiredo menciona a incrível estimativa, segundo a qual "aproximadamente 50% até 60% da energia elétrica gerada atualmente é desperdiçada para o céu em forma de energia luminosa".

No trabalho intitulado Análise Legal dos Efeitos da Poluição Luminosa do Ambiente, Gargaglioni destaca que:

“Os canhões de luz lançados diretamente ao céu (utilizados em discotecas) ocasionam problemas na migração das aves, sendo causa de grande mortalidade pela perda de orientação e batendo em obstáculos devido ao brilho. Outros pássaros atraídos pela luz dos prédios, torres de transmissão, monumentos e outras construções, voam sem cessar em torno da luz até caírem de cansaço ou pelo impacto em alguma superfície (CHARRO, 2001).

“Alterações nos níveis de luz podem também prejudicar a orientação de animais noturnos. De acordo com PARK (1940), estes animais possuem adaptações anatômicas que possibilitam a visão noturna e rápidos aumentos de luz podem cegá-los. Algumas rãs têm a capacidade visual reduzida quando ocorre um repentino aumento da iluminação e podem levar minutos ou horas para se recuperar (BUCHANAN, 1993).

Como se faz sentir, a poluição luminosa está em toda parte e não pode ser totalmente eliminada, manifestando-se nas formas conhecidas como sky glow (brilho no céu), glare (ofuscamento) e light trespass(luz intrusa), com significativos impactos ambientais, podendo dificultar a pesquisa astronômica, atingir a saúde e a segurança do ser humano, resultar no comprometimento de recursos naturais e em fortes e desnecessárias pressões sobre a atmosfera terrestre, acarretar prejuízos de ordem social e econômica à coletividade difusamente considerada, danos aos patrimônios cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico, assim como à fauna e à flora.

Fonte: Blog "Ambiente Legal - POLUIÇÃO LUMINOSA NAS CIDADES" (adaptado)




Poluição

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Poluição Atômica
Ratos do Porão

Sujeira no ar
Não consigo mais respirar
Falta oxigênio
Falta ar pura pra se poder respirar
NÃO HÁ SOLUÇÃO, NÃO HÁ SOLUÇÃO
PRA ESSA POLUIÇÃO ATÔMICA!
O homem polui o ar
Porque ele não consegue pensar
O ser humano quer se auto destruir
NÃO HÁ SOLUÇÃO, NÃO HÁ SOLUÇÃO
PRA ESSA POLUIÇÃO ATÔMICA!"


Gostei muito dessa música, pois ela retrata um dos motivos pelo qual o homem polui, "ele não consegue pensar" Agora deixo uma dúvida para todos, será que o homem "não consegue pensar" como diz a música, ou será que ele está cego diante da ambição que o capitalismo gera no ser humano? Será que a cultura tem a ver com a poluição?

terça-feira, 6 de julho de 2010

Catástrofes naturais expõem falta de planejamento urbano


Especialistas culpam processo de urbanização desordenado e falta de planejamento público pelas inundações e deslizamentos de terra que ocorrem em grandes cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro.


Ocupação sem planos

De acordo com o prof. Rubem Porto, do Departamento de Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da USP, é inevitável que um processo de ocupação de solo não altere a drenagem natural das águas, causando impermeabilização. Por isso, qualquer cidade grande do mundo em que tivesse chovido a quantidade que choveu no Rio de Janeiro entre os dias 5 e 6 de abril teria tido problemas.

“O problema é a ocupação urbana, que não é feita de forma ordenada”, comenta o prof. Alex Abiko, do Departamento de Construção Civil da Poli. “Áreas que não poderiam ser ocupadas, como ao longo de rios, começam a ser por falta de planejamento, então elas inundam”, diz.

Chuvas e deslizamentos

Sistemas de drenagem para diminuir os problemas da ocupação existem desde a Antiguidade. O sistema adotado em cidades brasileiras geralmente o de separador absoluto, em que esgoto doméstico e águas pluviais são conduzidos em redes diferentes.

Apesar de existirem, é consenso entre especialistas que falta planejamento para garantir a eficácia e a abrangência dos sistemas e evitar deslizamentos de terra. Segundo Abiko, a falta de estrutura das grandes cidades, que carecem de obras de contenção de encostas ou mesmo de sistemas de drenagem básicos, é resultado de um “conjunto de equívocos que foram feitos ao longo de muitos anos”.

No caso do Rio de Janeiro, em que houve em cerca de 250 mortos no início de abril por causa de chuvas e deslizamentos, Porto diz que a cidade está tomando medidas emergenciais, como a remoção de pessoas de favelas, porque não se preveniu. “Não podemos continuar atendo-se a medidas curativas e emergenciais, temos que investir forte e de uma forma muita técnica nas soluções preventivas”, diz.

Planejamento Público

O ponto principal de um plano público deve ser, segundo Abiko, definir prioridades, como as vidas humanas. Depois disso, “um mapeamento das áreas de risco nas cidades deve ser feito para saber o que fazer”, diz. Ele ressalta a importância da periodicidade dessas análises para manter a atualidade dos projetos e obras.

Outra medida importante é o de urbanizar áreas que não tem sistema sanitário, de drenagem, de contenção de encostas, como favelas. “Um projeto bem feito deve constar com análise das áreas de risco, redesenho do sistema viário e retirada da população de áreas críticas”, comenta Abiko.

Para Porto, essas soluções só existirão se houver um poder coordenador que una governos estaduais e municipais, a população, a indústria. “Esse poder tem que ter força política, capacidade de decidir sobre investimentos e de mobilização das áreas técnicas que existem. Se não forem tomadas decisões nesta linha, desastres vão se repetir ano após ano”, diz.Catástrofes naturais expõem falta de planejamento urbano
Clara Velasco
Pessoal, calma, eu não morri..HAHAHAHAH
Eu estou meio doente, mas já estou melhorando..=]

Então pessoal, estava pensando, e as nossas pesquisas de campo? Quando podemos fazer?
Sugiro fazer semana que vem no máximo, afinal de contas já estamos no meio de julho.
Que dia vocês podem?

Beeijos

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Cultura a Serviço da Poluição Ambiental

Os problemas ambientais do planeta não são fruto somente de decisões econômicas, conseqüências de políticas de desenvolvimento ou pura falta de educação.
Por trás dos dados que apontam para o esgotamento dos limites da natureza está uma postura cultural, quase imperceptível, que legitima as ações que redundam no efeito estufa, na extinção de espécies animais e vegetais ou na poluição da água. Em meio aos discursos que defendem o meio ambiente, existe uma “cultura antiverde” não percebida, nem abordada, que explica porque ainda é grande a distância entre retórica e prática nas questões ambientais. A sensação é de que quanto mais se fala em meio ambiente, mais os índices de degradação aumentam. Quanto mais se apresentam propostas de desenvolvimento sustentável, menos sustentável se apresenta a vida dentro do mundo atual, marcado pelo aumento da pobreza e da desigualdade social e pelo sentir-se cidadão mais vinculado ao poder de consumo do que ao exercício da cidadania.

A cultura da poluição é mais visível ainda nos meios de comunicação de massa. A mensagem subliminar pela insustentabilidade ambiental está presente especialmente no jornalismo. Encurralada pela pouca diversidade de fontes e pelo formato jornalístico, a notícia comumente trata os fatos ambientais como conseqüências inevitáveis ou procedentes de um agente isolado. Hannigan (1995, p. 89) alerta que:

“as histórias dos meios de comunicação social sobre os acontecimentos ambientais perigosos favorecem enquadramentos monocausais, em vez de enquadramentos que envolvam redes causais longas e complexas”.

O raciocínio de Hannigan (1995) é o de que o jornalismo falha ao reduzir a complexidade que explica os problemas ambientais. Falha que traduz-se em legitimação inconsciente das políticas econômicas, sociais e culturais que compõem o estilo contemporâneo de vida, comprovadamente insustentável do ponto de vista ambiental.
Ampliando o olhar sobre os meios de comunicação de massa, observa-se ainda que a “moda verde”, apesar do potencial de mudança que leva em seu âmago, está mais a serviço de uma estratégia de circulação de bens simbólicos e duráveis do que atuando em favor de uma nova cultura, fundamentada em valores que coloquem a teia da vida em posição prioritária. Mesmo apresentando um pouco de toda a diversidade que existe no mundo, os meios de comunicação de massa propagam a monocultura mental por apresentarem todos os conteúdos sob uma mesma lógica, impregnada pela noção de que as escolhas do mercado, as descobertas da ciência e o consumo a tudo darão uma resposta.

A Antropologia cresceu tendo no seu centro o conceito de cultura. Entre as concepções antropológicas, Thompson (2002, p. 173) distingue duas, denominadas de concepção descritiva e concepção simbólica. A concepção descritiva define que:

“a cultura de um grupo ou sociedade é o conjunto de crenças, costumes, idéias e valores, bem como os artefatos, objetos e instrumentos materiais, que são adquiridos pelos indivíduos enquanto membros de um grupo ou sociedade”.

Por buscar envolver tudo o que não seja meramente fisiológico, a concepção descritiva perde-se na imprecisão e na similaridade com a própria definição do que é Antropologia.
Já a concepção simbólica desvia-se da descrição para dedicar-se ao entendimento dos fenômenos culturais.

“Cultura é o padrão de significados incorporados nas formas simbólicas, que inclui ações, manifestações verbais e objetos significativos de vários tipos, em virtude dos quais os indivíduos comunicam-se entre si e partilham suas experiências, concepções e crenças”O estudo da cultura está essencialmente interessa na interpretação dos símbolos e da ação simbólica” (p. 176).


Thompson (2002, p. 180) afirma que a concepção simbólica “falha ao não dar suficiente atenção aos problemas de poder e conflito e, mais genericamente, aos contextos sociais estruturados dentro dos quais os fenômenos culturais são produzidos, transmitidos e recebidos”.

Conclusão
Há sempre uma cultura legitimadora justificando todas as atitudes do homem que ferem o equilíbrio ambiental. Cultura normalmente imperceptível à maior parte dos olhos que debruçam-se sobre a relação do homem com a natureza ou ausente de quase todas as políticas públicas voltadas para o meio ambiente. Seja pela crença de que o planeta existe somente para servir a espécie humana ou pela dominação avassaladora do capitalismo globalizante que nos impele, sem nos dar chance de pensar, a explorar cada vez mais para consumir cada vez mais, o homem não percebe que os problemas ambientais estão intimamente ligados ao modelo de sociedade predominante no mundo, construído na disputa pelo poder político, econômico, coercitivo e cultural, conforme sugere Thompson (1998).

Se a cultura é uma das instâncias de construção das estruturas sociais, não se pode sugerir qualquer mudança na relação homem/natureza sem uma abordagem cultural. E o início dessa abordagem focaliza-se sobre a denúncia de que a cultura dominante legitima a destruição ambiental. Não se trata de uma denúncia voltada para o conflito, e sim para a chamada de atenção. Nossos valores e visões concernentes ao meio ambiente mostram- se em desacordo com a teia da vida. Para o homem, o belo, o útil, o explorável merecem continuar ocupando espaço na Terra. O restante pode ser eliminado. Para a teia da vida, cada elemento possui um lugar e uma função no equilíbrio natural. A monocultura mental que domina o substrato dos nossos valores ambientais não respeita a teia da vida.

Os meios de comunicação, que exercem uma função constitutiva sobre a cultura, conforme Martín-Barbero (2003), são os instrumentos preferenciais para instaurar uma nova relação entre homem e natureza. Dando voz a movimentos sociais reformadores, que pregam modelos de vida baseados nas teses do ambientalismo, os meios de comunicação e os comunicadores têm condições de se transformarem em agentes de um novo tempo. Para tanto, devem praticar a reconversão do olhar quando tratarem das questões ambientais, permitindo o florescimento de uma prática comunicativa mais plural, negociadora de sentidos e preocupada com a eliminação das desigualdades econômicas, sociais e culturais.

É possível que os meios de comunicação ajudem realmente a denunciar a cultura da poluição? Mais ainda: é factível acreditar que os meios de comunicação, controlados pela mesma lógica capitalista e globalizante que rege o mundo, assumam-se como agentes de mudança? Não existem exemplos acabados neste momento que façam da circulação de bens simbólicos pelas redes mundiais de comunicação um instrumento de instauração da nova relação necessária entre homem e natureza. Entretanto, existem motivos para acreditar que alguns pilares já foram lançados. Na mídia, mesmo com abordagens que eventualmente não se apresentam como as mais corretas, cada vez mais se discute a questão ambiental; o ecologicamente correto é um dos elementos norteadores dos bens culturais difundidos pelos mecanismos do capitalismo global; e tornou-se regra nas peças publicitárias que buscam vender os bens duráveis associar o produto em questão a conceitos de sustentabilidade ambiental e qualidade de vida.

A combinação dessas mensagens tem o potencial de mostrar ao homem que o futuro do planeta também depende da troca da cultura da poluição pela cultura da preservação. Na cultura da poluição vigora a estética da beleza estreita, que separa, rotula, prioriza o que se encaixa em determinados padrões em detrimento do que destoa do padrão dominante. Já a na cultura da preservação instala-se a estética do cuidado, que assegura, em primeiro lugar, o respeito ao diferente e reconhece o valor de cada elemento dentro da teia da vida. Mesmo que parte desse artigo possa ser visto como utopia, fica pelo menos a certeza de pelo desnudamento da cultura que legitima a poluição se pode construir, com a influência decisiva da comunicação, uma cultura que atue exatamente no sentido contrário, impregnando os demais elementos constitutivos da
sociedade de um instinto de respeito aos sistemas ambientais que garantem a vida na Terra.

Fonte:
http://74.125.155.132/scholar?q=cache:2IVG847Vr74J:scholar.google.com/++cultura+e+polui%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-BR&as_sdt=2000

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bibliografia

Aspectos territoriais do processo de desenvolvimento


Metrópole, legislação e desigualdade


Santo André: urbanização de favelas e inclusão social


A região metropolitana de São Paulo: reestruturacao, re-espacializaçao e novas funções


Estruturas urbanas comparadas: Estados Unidos e Brasil


Urbanização e impactos ambientais no Centro-Sul


Desenvolvimento desigual: evidências para o Brasil


Morfologias de Concentração no Brasil: o que se configura além da metropolização?


Dinâmicas territoriais e desenvolvimento sustentável


Sociedade e Natureza: A Inter-relação entre ocupação, relevo e os impactos ambientais gerados


Metrópole e Expansão Urbana: a persistência de processos "insustentáveis"


Ex-aterros e lixões de São Paulo têm ocupação de risco


Avaliação dos Impactos Ambientais Causados por Lixões


O Trabalho no Lixo